O que é a constipação intestinal?

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A constipação intestinal é caracterizada pela presença de menos que 3 evacuações por semana, e por evacuações volumosas, endurecidas, eliminadas com esforço.

Algumas crianças evacuam diariamente, mas suas evacuações são incompletas, o que também é considerado um quadro de constipação intestinal.

Elas geralmente eliminam cíbalos (fezes em bolinhas).

 

Quando ocorre a constipação intestinal?

O início do quadro costuma ser no primeiro ano de vida, e é uma situação mais comum em crianças pequenas, menores de 6 anos. A época do desfralde também pode ser um momento de início de constipação intestinal.

 

Qual a causa da constipação?

Geralmente, não há uma causa anatômica envolvida na doença, e a constipação é chamada de funcional. Fatores genéticos, alimentares, ambientais e psicossociais podem estar relacionados com o quadro.

Alguns sintomas são: dor abdominal, dor para evacuar, dificuldade para evacuar, eliminação de fezes volumosas, que entopem o vaso sanitário. A criança também pode apresentar fissuras anais, sangramento anal e escape fecal.

Com o tempo, pelo medo de evacuar, a criança vai evitando as evacuações, cruzando as pernas, permanecendo sentada no chão, ou se escondendo atrás de portas e cortinas. Isso se chama comportamento retentivo, e ele torna as evacuações ainda menos frequentes, mais dolorosas, e piora dos sintomas.

 

É possível prevenir a constipação intestinal?

A constipação intestinal pode ser prevenida com o aleitamento materno exclusivo. No caso de crianças que já recebem leite de vaca, o excesso deve ser evitado. A criança deve ter uma adequada ingesta de água e uma dieta saudável, com vegetais, hortaliças, frutas e grãos.

Os alimentos integrais devem ser priorizados, e as guloseimas e os sucos, evitados.

Em crianças maiores, o treinamento do hábito intestinal auxilia o tratamento, e a criança deve ser orientada a evacuar com calma, aguardando até completar a evacuação no vaso sanitário. Exercícios físicos também contribuem para uma melhora no hábito intestinal.

Laxantes e medicamentos não devem ser administrados sem supervisão médica, e no caso de não haver melhora do quadro com a mudança na dieta e nos hábitos, uma consulta com um gastropediatra está indicada.

 

Dra. Mariana Nogueira de Paula, mãe da Ana Luísa, Helena e do Miguel.

Pediatra, Gastroenterologista e Hepatologista Infantil
Santo André e Grande ABC

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