Monkeypox – a varíola dos macacos

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monkeypox

Em maio de 2022, um surto de Monkeypox (varíola dos macacos) foi identificado na Inglaterra, e o primeiro caso foi de um paciente inglês que havia viajado para a Nigéria, onde a doença é endêmica.

 

Atualmente, 84% dos casos notificados estão na Europa, confirmando o surto.

 

 

O que é a varíola dos macacos? 

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox, da família poxviridae, gênero Orthopoxvirus. Há duas cepas virais envolvidas no surto atual: a cepa da bacia do Congo, e a cepa da África Ocidental, que causa doença menos grave que a anterior.

 

Já temos casos no Brasil? 

Temos oito casos confirmados atualmente, quatro em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro.

 

Quais são os sintomas da Monkeypox? 

Os principais sintomas são:

 

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo
  • Aumento de gânglios linfáticos
  • Calafrios
  • Cansaço

 

As manifestações cutâneas podem se iniciar com pequenas bolhas na boca, rosto, mãos, pés, tórax e regiões genitais, evoluem para crostas, e depois a pele se recupera.

 

Algumas pessoas terão o quadro cutâneo e os outros sintomas, e outras apenas o quadro cutâneo.

 

A varíola dos macacos, diferentemente da varíola humana, é raramente fatal, mas sintomas mais graves podem ocorrer em imunossuprimidos.

 

 

Como ocorre a transmissão? 

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa pelas seguintes maneiras:

 

  • contato direto com as vesículas, crostas ou fluidos corporais.
  • secreções respiratórias, quando há contato pessoal prolongado.
  • contato com objetos contaminados.
  • transmissão durante a gravidez, através da placenta.

 

A transmissão também pode ocorrer a partir de arranhões ou mordidas de animais contaminados, ou no caso de ingestão de sua carne.

 

Não se sabe se há transmissão por secreções vaginais ou pelo sémen.

 

O período de incubação pode variar de 5 a 21 dias.

 

O período de transmissão se inicia no início do aparecimento das lesões e ocorre até quando todas as lesões já estão cicatrizadas, e isso pode demorar várias semanas.

 

Uma pessoa só transmite a monkeypox se estiver com sintomas.

 

 

Como é feito o diagnóstico da Monkeypox? 

A suspeita clínica é feita a partir dos sintomas do paciente, e o diagnóstico pode ser feito pelo exame de PCR do swab das lesões.

 

É importante diferenciar a monkeypox de outras doenças com acometimento da pele, como varicela, sarna, sarampo e reações medicamentosas.

 

 

Qual o tratamento? 

Não há um tratamento específico, e as medicações para avaliar os sintomas são indicadas quando necessário.

 

Os sintomas costumam desaparecer totalmente, sem necessidade de tratamento.

 

Deve-se evitar tocar nas feridas da boca ou nos olhos.

 

Em pacientes imunossuprimidos, medicações antivirais podem ser recomendadas.

 

Se você suspeita que possa ter contraído monkeypox, consulte seu pediatra para avaliação.

 

 

Como posso me prevenir? 

A pessoa com o diagnóstico de monkeypox deve ficar isolada até o desaparecimento das crostas das lesões.

 

Deve-se ter cuidado com roupas de cama, lençóis e toalhas utilizados pelo doente, pois são infectantes.

 

Devemos evitar o contato com animais infectados ou com objetos utilizados por eles.

 

A higiene das mãos, uso de álcool gel, uso de máscara são medidas eficazes para evitar o contágio.

 

 

Existe vacina para a Monkeypox? 

Existe uma vacina, chamada MVA-BN, que foi aprovada em 2019 contra a varíola. Ela é eficaz contra a varíola dos macacos, mas ainda não está disponível no Brasil.

 

Conclusão

A varíola dos macacos (monkeypox) é uma doença viral que causa sintomas predominantemente cutâneos, e na maior parte das vezes, autolimitados.

 

A transmissão ocorre através de contato com as lesões ou secreções de pessoas ou animais contaminados, assim como através do manejo de objetos infectados.

 

Não há tratamento específico.

 

Consulte seu pediatra se tiver contato com alguém infectado, ou se apresentar algum sintoma suspeito.

 

Dra. Mariana Nogueira de Paula, mãe da Ana Luísa, Helena e do Miguel.

Pediatra, Gastropediatra e Hepatologista Infantil
Santo André e Grande ABC

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